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A Polícia Civil de Araçatuba abriu inquérito para investigar o sequestro seguido de roubo de um pecuarista de 74 anos entre a manhã e a noite de terça-feira (17) na cidade. A vítima ficou em poder dos criminosos por cerca de seis horas. Com os cartões bancários e as senhas, os autores fizeram transações financeiras de mais de R$ 36 mil. Segundo informações, a vítima estava em sua fazenda no bairro da Prata, em Araçatuba, dentro de uma caminhonete Amarok. Em determinado momento, outra caminhonete Hilux trafegava no sentido contrário e parou. O motorista fingiu pedir informações. Segundos depois, dois autores saíram do veículo e renderam o pecuarista. Ele teve o rosto coberto por uma toalha e permaneceu no banco traseiro da caminhonete. O idoso contou em depoimento que os bandidos trafegaram pela rodovia Marechal Rondon (SP-300), foram até Birigui, abasteceram, depois seguiram no sentido de Buritama, entraram em uma estrada de terra, passaram pelo assentamento Chico Mendes, onde pararam em um comércio e compraram um litro de rum. A todo o momento, eles falavam em subtrair gados. Os indiciados deram meio litro para que o pecuarista bebesse. Ele tomou o liquido e fingiu dormir. Nesse instante, os criminosos amarraram as mãos da vítima e a deixaram perto de um canavial, fugindo com alguns pertences, além dos cartões bancários. O pecuarista conseguiu se desamarrar cerca de seis horas depois e foi resgatado por pescadores que passavam às margens da rodovia Marechal Rondon. Ele ligou para o filho e a Polícia Militar foi acionada para o atendimento da ocorrência. Os policiais descobriram que o grupo criminoso realizou seis transações financeiras, totalizando R$ 36.490. O declarante não ficou ferido e passou as características físicas dos ladrões. Com essas informações, os policiais militares desconfiaram de que um servente, de 23 anos, morador na rua David dos Santos Esgalha, no bairro Clóvis Picoloto, pudesse ser um dos autores, já que tem passagens criminais por furto de gado e de veículo. As equipes foram até a residência dele e o encontraram. Na vistoria no interior do imóvel foram localizadas quatro cápsulas de calibre 32. O rapaz negou envolvimento na ação e contou ter encontrado os objetos ilícitos. Ele foi levado até a delegacia, onde prestou depoimento. O pecuarista não o reconheceu, mas o delegado plantonista decidiu manter o flagrante por posse ilegal de munição e estipulou fiança de dois mil reais. O indiciado não pagou o valor e continuou detido, à disposição da Justiça.
